sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Cabô

Frase do Dia: Buenos Aires é um FORNO!

Estamos no aeroporto. Mala nas costas, deixando a Argentina. Ainda temos bastante tempo até nosso vôo chegar. Sao 20h30 e saímos daqui só às 01h45.

Estamos cansados, felizes pela ótima viagem que fizemos e por voltar para casa e tristes pelo fim da viagem. Acredito que é impossível chegar nesse ponto sem pensar (e julgar) tudo que passamos nos últimos 32 dias. Fazer um mochilao, ou mochilar, é uma experiência sem igual. Viajamos em um ritmo alucinante, sempre sem saber qual será nosso próximo destino. É uma viagem sem rumo, mas nao se enganem, ela tem um objetivo. Viajamos para conhecer lugares, pessoas, culturas, comidas e cidades. Queremos tudo! Queremos passar pelas experiências mais diversas durante o caminho, estamos prontos para topar, praticamente, tudo.

Foram 32 dias completamente diferentes de quaisquer outros. Desta vez nao cometemos alguns erros do passado, nao que nao tenhamos cometidos novos e outros antigos (é difícil perder alguns hábitos), mas foi uma experiência inteiramente diferente. Nao podemos falar se foi melhor ou pior já que o Mochilao que fizemos 3 anos atrás está gravado em nossas memórias como se tivesse acontecido ontem. Mas, com certeza, foi diferente.

Conhecemos muitas pessoas. Conseguimos casas nos lugares mais diversos: Punta Del Leste, Bahia Branca, Portugal, Holanda, Israel, Suíça. Conhecemos pessoas de todas as partes, sabemos um pouco sobre o Exército Israelita e as férias de 6 meses que separam os jovens daquele país da Universidade após servir.

Viajar é bom e queremos mais. Essa vontade nunca irá embora.

Bem, passado o momento deep within, vamos para nossas atividades desde nosso último post. Adianto que sao emocionantes. :-P

Saímos da hospedaria às 10h00 no dia seguinte ao planador. Acompanhados pelos brasileiros. Perdemos o último ônibus para uma vila chamada La Angostura. Trocamos nosso destino e seguimos para o Parque Municipal de Llao Llao. Foi um dia inteiro de caminhada.

Como disse no último Post, Bariloche está apoiada em um grande lago que se extende a perder de vista. Pois entao, o Parque Llao Llao está, também, apoiado nesse lago. Durante a caminhada encontramos com o Lago 3 vezes, a primeira para almocar, a segunda em um mirador MARAVILHOSO, uma rocha que funcionava como um balcao para vermos o lago e uma enorme montanha do outro lado. A terceira vez foi uma praia chamada de Villa Llao Llao onde nadamos para espantar o espantoso calor que fazia. Voltamos para a cidade exaustos, mas felizes. Paisagens lindas! Uma floresta impressionante, com árvores que, muito provavelmente, ultrapassavam os 15 metros de altura. Voltamos e dormimos.

No dia seguinte saímos cedo do Albergue e perdemos mais uma vez um ônibus, nao o último dessa vez. Seguimos para o Cerro Catedral que, no inverno, é uma enorme Estacao de Ski. Nessa viagem apenas o Leandro nos acompanhou (ou, talvez, nós acompanhamos ele).

No ônibus conhecemos duas meninas de Bahia Blanca, super simpáticas. Nos explicaram algumas coisas sobre Espanhol e conversamos sobre viagens. Chegamos à base do Cerro e fomos diretamente para a trilha que nos indicaram. Em momento algum paramos para pensar no que estávamos fazendo, nem podíamos, estavamos sendo atacados por MOSCAS GIGANTES ASSASSINAS CHATAS PRA CARALHO (desculpem o linguajar). No fim, era a trilha errada. Nao subimos o Cerro, que era nosso objetivo principal, mas chegamos a um lugar mais impressionante que a própria montanha. A trilha seguia para um refugio que se chama Frey. Esse lugar é uma lagoa cercada pelos picos da montanha. Sao 320° de montanha que a cercam, com picos pontudos e inalcancáveis. Acabamos descobrindo uma trilha que nos levaria de volta para o Cerro Catedral pelo topo das montanhas. Imediatamente seguimos as instrucoes que nos deram e imbicamos morro acima.

Putz! Que ERRO! Adivinhem, nos perdemos na montanha. Tínhamos um objetivo claro, víamos o Cerro Catedral, mais exatamente uma de suas casas de Teleférico. Foram horas de caminhada por um terreno cheio de grandes pedregulhos. Enchemos nossas garrafas de água com gelo, já que nosso estoque inicial acabara muito antes. E caminhamos, procurando a tal trilha que nos haviam indicado.

Em determinado ponto, eu já com bastante medo dessa aventura e esperando seu final para comemorar, fomos cercado por 5 grandes condores que voavam em círculos sobre nossas cabecas. Pensamos "Caceta! Será que eles estao realmente atrás de nós???".... nao sabemos ao certo, mas nao tinha mais nada em volta.

O Leandro se provou um sujeito completamente sem limites. Nao cansava, suava ou mesmo parava. Foi impossível seguir seu ritmo durante toda a caminhada. No fim acabamos achando a trilha e voltamos para o Cerro.

Voltamos para o Hostal e no dia seguinte seguimos para Buenos Aires.

Desculpem pela pressa, mas tenho 10 segundos para terminar o post.

Ufa....

5 comentários:

  1. Pelo amor de Deus!!!!!!! PUTZ Vitor comentou ,,sobre vcs se perderem..............tem alguem que falou que Joào escreve bem...é verdade..agora senti o caos...graças ...estao de volta...bjos

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  2. vei, cs se perderam o tempo todo, que sorte voltarem inteiros hein, agora só faltam fotos, tem algum tempo que naum postam

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  3. Belo texto do deep within ;)

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  4. Ei amor!!!!

    Você já tá aqui. Q bom te ter de volta = )

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  5. Cabô nada!!!
    Kd as fotos???
    Bjs
    Cátia

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